O Portal da Transparência é uma ferramenta desenvolvida em favor da sociedade, por meio do qual é possível acompanhar o uso dos recursos públicos, permitindo o acesso da sociedade no acompanhamento das políticas públicas e uso do dinheiro destinado ao seu desenvolvimento. 

Uma simples consulta no site da Prefeitura Municipal de Guamaré, é possível obter informações sobre receitas, despesas, gastos com servidores.

O orçamento previsto para o presente exercício é estimado em R$ 270.697.465,00 (duzentos e setenta milhões, seiscentos e noventa e sete mil, quatrocentos e sessenta e cinco reais). 

Contudo, analisando dados de despesas na aquisição de bens e serviços e, principalmente os gastos com servidores públicos, foi possível identificar que o poder público já se encontra em processo de insolvência financeira.

Pois bem.

Em que pese o portal apresenta não esteja totalmente atualizado, informes de momento revelam que o município tem empenhado o valor de R$ 177.983.568,22, restando liquidado o importe de R$ 88.439.736,31 e pago o valor de R$ 57.678.646,63.

É preciso esclarecer, que o empenho ocorre, por exemplo, após a assinatura de um contrato para prestação de serviço. Assim, quando o serviço for executado, o valor é liquidado e, quando o fornecedor de fato receber o valor, ele é considerado valor pago.

Assim, considerando a execução das despesas até o presente momento é possível perceber um grande comprometimento das receitas municipais. Os dados apontam que o valor líquido em razão do empenho corresponde a 49,68%. Já o valor pago em razão do empenhado aponta para 32,40% e, aquilo que foi pago pela administração em razão do liquidado está representado no percentual de 65,21%.

Quanto às despesas com pessoal, uma análise da folha de pagamento demonstra que os gastos com servidores efetivos, comissionados e contratos entre janeiro a março corrente, já comprometeu cerca de R$ 64.048.759,19, especialmente considerando a média do mês de abril, não disponível:

Assim, até o presente momento, o município já comprometeu R$ 152.488.495,50, ou seja, mais de 56,33% das receitas em apenas 4 meses.

A situação da administração municipal é caótica e a população já sente os efeitos práticos da falta e falha de serviços públicos essenciais, que prometem se agravar.

Servidores e contratados já registram salários em atrasos, locações de imóveis com pagamento paralisado, falta de fornecimento de combustível, veículos recolhidos por locadores, corte de energia elétrica de prédios públicos, cartão de benefícios sociais municipais suspensos, fornecedores com mais de 4 meses em mora. Pasmem, até água para os pacientes se hidratarem nas unidades de saúde está faltando. 

Para se ter ideia as organizações sociais PROMOVE e UNISSAU já acumulam dívidas de mais de 13 milhões, exatos R$ 13.312.601,41:

Se tudo isso não bastasse, informações obtidas pelo blog apontam para existência de dívidas não quitados no exercício anterior (2023) em favor das organizações sociais citadas no valor de mais de 11 milhões, exatos R$ 11.700.143,42.

O estado das finanças do município é crítica e certamente a população vai sentir ainda mais na pele a falta de serviços públicos. 

A incompetência administrativa do Prefeito Arthur Teixeira, cujo comando é relegado ao seu tio Hélio Willamy, vem sofrendo do mesmo mal dos tempos de Dedé Câmara a falta de zelo administrativo e compromisso com o povo.

Dedé Câmara não conseguiu. Porém, Arthur e Hélio caminham a passos largos para a quebradeira de Guamaré, numa espécie de mal em movimento de retorno.

Quem aqui faz, aqui paga. O destino pune, o tempo castiga e o povo sofre por eleger falsos líderes.