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MAIS DE UMA DÉCADA: HÉLIO ENGANA, MENTE — E O POVO VIVE SEM ÁGUA E COM SEDE.

A história não perdoa. Ela revela, expõe, escancara. E quando o tempo é chamado a testemunhar, não há maquiagem que esconda a verdade. Em Guamaré, a memória coletiva carrega o peso de uma promessa feita em 2016 — e jamais cumprida. O protagonista? Hélio Willamy, o prefeito de Guamaré que há quase duas décadas alterna o poder com familiares, sustentando um ciclo de promessas vazias e escândalos recorrentes.

 A FARSA INTERNACIONAL: PAELLA, LAGOSTA E MENTIRAS

Em março de 2016, Hélio liderou uma comitiva que cruzou o Atlântico rumo a Espanha, acompanhado por figuras que ainda parasitam no poder, como: Keke Rosberg, atual Controlador Geral do Município e Mauro Gusmão Rebouças, Procurador Geral da Câmara. O objetivo declarado era conhecer e fechar um acordo para construir a maior usina de dessalinização municipal do Brasil. O cenário? Reuniões regadas a paella e lagosta, pratos muitos caros, enquanto o povo de Guamaré seguia enfrentando torneiras secas e promessas molhadas.

Em seu retorno à terra que lhe entrega conforto, luxo e muito dinheiro, Hélio declarou “emocionado”:

“Estamos hoje dando o ponta pé no maior projeto de usina de dessalinização com recurso próprios de uma prefeitura no Brasil e para chegar até aqui, foi preciso capacidade para planejar, coragem para cortar até na própria carne economizar e se adaptar a nova realidade financeira que atravessa o município, penalizado também com a queda de receitas”.

O tempo passou, o dessalinizador não saiu. E a certeza foi de que: não houve planejamento, nem corte na carne. Porém, sobrou incompetência e irregularidades pelo filho do pescador.

Assim, a promessa que era clara: em seis meses, água potável jorraria do mar por osmose reversa. O investimento? R$ 10 milhões. O resultado? Nada além de ficção.

 O TEATRO DAS ÁGUAS: DO PORTO DE SANTOS AO BLOQUEIO DE BENS

O projeto nunca fez cair uma gota de água nas torneiras guamareense. O dessalinizador virou lenda, e o discurso de Hélio, uma peça de fraude eleitoral. O único que ousou denunciar o engodo foi o vereador Gustavo Santiago, que alertou: “o povo está sendo enganado”. Hélio, em resposta, dizia estar “no porto de Santos”.

O tempo deu razão a Gustavo, ou seja, Hélio mentia ao povo de Guamaré. Tanto é fato, que o Tribunal de Contas do RN identificou graves irregularidade material capazes de causar dano ao erário. Resultado? Os bens de Hélio foram bloqueados — e seguem assim até hoje, inclusive com a negativa de liberação pelo TJRN.

 A MOTO-PIPA: O ABSURDO VIROU POLÍTICA PÚBLICA

Sem usina e com acusação de fraude na licitação, a solução foi improvisar. Então, a prefeitura resolveu contratar, de forma emergencial, uma empresa recém-criada e sediada na comunidade do Umazireiro, sem frota, sem estrutura. O que entregou? Uma moto. Isso mesmo: uma moto para abastecer comunidades inteiras. O caso virou escândalo e com processo judicial instaurado pelo Ministério Público Estadual

 O PROFESSOR HÉLIO; E OS ALUNOS EUDES E ARTHUR

A saga da água em Guamaré não se encerra com Hélio. Seu irmão, Eudes Miranda — uma versão mal acabada, mas igualmente sedenta por poder — assumiu a Prefeitura por 11 meses em caráter interino. Tempo suficiente para deixar sua própria marca negativa: autorizou uma licitação de R$ 830.000,00 para serviços de perfuração, montagem e instalação de poços tubulares. O resultado? Nenhuma gota d’água entregue à população. Um investimento seco, literalmente.

https://pmguamarern.transparencia.topsolutionsrn.com.br/licitacao/6%2F2021/Preg%C3%A3o%20Presencial/SECRETARIA%20MUNICIPAL%20DE%20OBRAS%20E%20SERVICOS%20URBANOS?hash=440707AA63D0FDE3A1FE5B78B6C28246&pathOrigem=1&dataini=01/01/2021&datafim=31/12/2021

Por outro lado, Arthur Teixeira — frequentemente visto como um jovem mimado — conseguiu o impensável: aprovou uma lei que autorizou um empréstimo de R$ 52 milhões. Parte desses recursos foi destinada à construção das famosas “caixas d’água da Shope”, que consumiram R$ 2.163.847,49 dos cofres públicos. O detalhe curioso? Essas estruturas são abastecidas por caminhões-pipa, o que levanta sérias dúvidas sobre sua real eficácia. Irônico, não?

Assim, a promessa de dignidade, entregou mais uma página vergonhosa na história da gestão familiar. Revelando uma certeza, se um é ruim, dois ou três é pior.

 20 ANOS, R$ 2 BILHÕES, ZERO SOLUÇÕES

Desde 2005, Hélio e seus familiares se revezam no comando de Guamaré. Nesse período, o município recebeu mais de R$ 2,3 bilhões em recursos públicos. E o que mudou? Nada. Comunidades como Baixa do Meio, Paulo Bento, Morro do Judá, Lagoa Seca, Mangue Seco, tantos outras, ou melhor, todos as outros, continuam convivendo com a escassez.

Ontem, Hélio aparece ao lado do Presidente da Assembleia Legislativa pedindo ajuda para resolver o problema que ele mesmo criou, que ele mesmo é acusado de ter cometido irregularidades na licitação e que tem bens bloqueados. A cena é grotesca. Uma mesa cercada dos bajuladores de sempre. O povo? Continua no picadeiro da miséria.

 EDITORIAL: O PALHAÇO DE HÉLIO É O POVO

Quando o assunto é a água de Guamaré, Hélio e seus familiares são como óleo: não se misturam, não se dissolvem, e fazem questão de boiar por cima do problema — sempre se repelindo, nunca se resolvendo.

Na verdade, Guamaré virou palco de um circo político. O roteiro é repetido, os atores são os mesmos, e o espetáculo é sempre de horror. O povo é na verdade o palhaço. O palhaço que o sistema de Hélio insiste em zombar da inteligência coletiva.

Afinal, o Hélio que mentiu ontem é o mesmo que mente hoje — e segue mentindo amanhã. Sua marca registrada não é gestão, é engano. Em Guamaré, cada copo vazio, cada torneira seca, é um testemunho silencioso da sua especialidade: a mentira profissional.

A verdade salta aos olhos, revelada pelas perguntas que todo cidadão conhece bem: Você tem água na sua casa? Lembra da promessa do dessalinizador? E do escândalo dos carros-pipa? Se diante disso tudo você ainda se sente respeitado por quem governa, talvez o problema não esteja na gestão — esteja na forma como você enxerga a realidade.

Talvez tenha chegado a hora de marcar uma consulta com o oculista — ou investir numa boa maquiagem — para seguir desempenhando o papel de figurante no circo de Hélio e sua trupe. Porque quem ainda não enxerga o espetáculo de enganos, só pode estar disfarçado de palhaço.

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